sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012



O que não se diz.
Observar urgências, testemunhar destinos reinventados.

Eu vejo sonhos riscados e desejos em pontas de dedos.
Ouço o grito do corpo- eles gritam o instante, pois viver pesa sobre os ombros.

Eu acredito que tem gente que nasceu pra sentir demais, como se a vida nos desse segundos de vento no rosto, e olhar o céu nos torna parte dele- ser azul com ele.

Cada rosto é como um papel em branco segredando histórias, sorrisos.
Eu vejo mãos segurando o medo, amortecendo a queda, fazendo doer menos- sangrar menos.

Quando noto um sorriso misturado a lágrima, descubro um lugar porto- seguro, onde a pele se regenera- esquecendo velhas feridas.
Não precisamos crer para viver, APENAS VIVER. Porque mesmo quando termina, tudo começa.

Às vezes exagero em mim, partilho comigo um tempo sem dizer nada- um refugio no meu lugar egoísta.
Eu desenho um horizonte além do hoje, do que há agora. Um lugar- pessoa que me faz carinho e segura a minha mão.
Eu apenas bebo esse tempo, faço um brinde ao meu lugar, ao nosso lugar.

Que eu seja o homem amigo que se coloca ao lado, quero saber-me ser.

... Existem situações que nos permitem chorar sem derramar lágrimas, uma perfeita simbiose entre o meu silêncio e minha capacidade de traduzi-lo.
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vinicios .c Petrópolis-RJ
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